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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

WSPA - Políticas para Abrigos



Políticas para Abrigos
A maioria das entidades da rede trabalha com foco em animais de companhia. A preocupação com o destino de milhares de cães e gatos que são abandonados mensalmente nas ruas em todos os municípios brasileiros ou que sofrem maus-tratos, tem sido uma constante no trabalho diário dessas organizações, que lutam contra vários fatores negativos externos como a falta de guarda responsável e a não implementação por parte das autoridades de um programa efetivo e humanitário de controle populacional, assim como problemas internos como escassos recursos financeiros e humanos para lidar com o problema de tal monta.
Em 2007 iniciamos um programa de discussão sobre as questões relativas ao bem-estar de animais mantidos em abrigos, basicamente cães e gatos, baseado na ciência do Bem-Estar Animal que provê fundamentos e informações que permitem promover melhor qualidade de vida para os animais.
Desde então realizamos, especificamente para as entidades que mantêm abrigos, três seminários sobre Gerenciamento de Abrigos - 2007 em São Paulo com visita ao Quintal de São Francisco, 2009 em Avaré com visita ao Abrigo Piccolina e 2010 em Teresópolis com visita à SOS Animal - para:
  • apresentação de especialistas e técnicos sobre temas diversos como comportamento animal e medicina veterinária de abrigos
  • apresentação das afiliadas sobre seus próprios abrigos
  • discussões sobre problemas comuns, incluindo exercícios sobre gestão
  • visita a um abrigo local
  • criação de um grupo yahoo para comunicação específica (wspa_abrigos)
Inicialmente 23 entidades da rede, ou seja cerca de 22%, haviam optado, entre suas estratégias de operação, por recolher animais em abrigos gerenciados por suas organizações. Nos últimos anos, 2 entidades fecharam seus abrigos, 5 estão em processo de fechamento, algumas já com poucos animais ainda sob seus cuidados, e 1 se desafiliou. Atualmente, portanto, apenas 15 têm abrigos ativos.
No final do ano passado concluímos a elaboração do documento "Políticas para Abrigos de Cães e Gatos" (em anexo), iniciado com base em documentos emitidos pela WSPA, RSPCA e HSUS sobre o tema de abrigos e que teve a coordenação técnica da Dra. Mariângela Souza (Defensores dos Animais) e contribuições da Dra. Rita Garcia (ITEC), Dr. Nestor Calderon (Universidade LaSalle, Colombia) e Dra. Rosângela Ribeiro (Gerente de Programas Veterinários da WSPA). Esse manual, que foi revisado pelas entidades participantes do último seminário, apresenta recomendações básicas e fundamentais para aqueles que já dirigem ou que pretendem construir um abrigo, para auxiliá-los a realizar um trabalho eficiente e técnico que gere um alto nível de bem-estar dos animais abrigados, e parâmetros objetivos para sua avaliação.
Também, a partir do final do ano passado iniciamos visitas a alguns abrigos de afiliadas, com a Dra. Mariângela, para fazer recomendações concretas quanto a mudanças para o aumento do nível de bem-estar animal, desde ações imediatas até a longo prazo.
Na semana passada, conversamos com duas dessas entidades visitadas, as quais receberam uma análise da situação e a recomendação pertinente, a Companhia dos Bichos e da Natureza - COMBINA, de Nova Friburgo, RJ, e a Clube de Amigos e Protetores dos Animais - CAPA, de Passo Fundo, RS. Ambas, por uma série de diferentes motivos, alguns semelhantes, não vão se adequar, no momento atual, às recomendações e, portanto, decidimos pela suspensão de sua afiliação, podendo elas, caso queiram, voltar a participar da rede posteriormente, ao readequarem as condições em seus abrigos.
Sabemos que todas as questões são muito difíceis e que ambas as entidades têm ótimas intenções. Desejamos que consigam tomar as resoluções mais apropriadas e superar todos os problemas, principalmente os internos, para o bem dos animais sob sua responsabilidade.
Elizabeth Mac Gregor
Gerente de Desenvolvimento
WSPA - Sociedade Mundial de Proteção Animal
www.wspabrasil.org

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"Não comer carne significa muito mais para mim que uma simples defesa do meu organismo; é um gesto simbólico da minha vontade de viver em harmonia com a natureza. O homem precisa de um novo tipo de relação com a natureza, uma relação que seja de integração em vez de domínio, uma relação de pertencer a ela em vez de possuí-la. Não comer carne simboliza respeito à vida universal." Pierre Weil
"A questão não é a de saber se o animal pode pensar, raciocinar ou falar... a questão é: Eles podem sofrer?” Jeremy Bentham
 
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