Cuidado com os fogos de Artifícios

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Eugênio

Segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Olá! Este sou eu quando minha mãe resolveu me adotar.

Eu nasci no porão de uma loja na Rua Moron, e a Dona Lurdes estava tomando conta de mim. Eu já havia sido adotado e devolvido, porque eu só queria brincar e ficar no colo o tempo todo, realmente um “horror de gato”.
Sorte da minha mãe, que viu minha foto no blog e pronto, não teve mais como escapar. Vim para casa num dia frio de julho, e claro, quase fiquei com o nome de chicletão, pois só parava de chorar no colo e dormindo na cama, mais precisamente no pescoço da minha mãe (embora me pareça que ela não achou tão ruim assim). Mas isso foi só na primeira noite, na segunda já elegi o sofá onde a vovó assiste televisão, e desde então tenho dormido por lá mesmo.


Eu gosto de ficar perto da minha vó quando ela assiste televisão ou lê. É bom lembrar que ela “NÃO QUERIA MAIS SABER DE BICHO DE JEITO NENHUM, NÃO MESMO”.
(Esta é ela lendo imóvel para não me incomodar)


Ela dizia isso, porque já tinha o Tank e o meu irmão Mel em casa.
O Tank logo de início ficou meu amigo, cara simpático, ele só fica bravo quando vou comer a comida dele, o que vou fazer se parece sempre mais gostosa?


Meu irmão é o Mel, assim como aconteceu comigo, ele foi confundido com uma menina no início, mas tudo bem, sem traumas. No início ele não gostou muito da idéia de me ter em casa, mas agora temos uma relação meio de amor e ódio. As vezes eu não posso vê-lo em paz, que corro, pulo, mordo, não paro nem quando brigam comigo, atazano a vida dele e ele corre de um lado para outro da casa tentando ficar o mais longe possível de mim.


Ás vezes, ele fica por perto, quando eu dou uma folga.


Outras vezes, como eu não gosto de ficar sozinho, grudo mesmo.
Mas quando minha mãe me pega para dar remédio e eu fico miando desesperado (adoro fazer uma manha), ele vem correndo ver o que está acontecendo. Outro dia, quando eu fui castrado (minha mãe explicou que era muito melhor para mim e que eu viveria muito mais desse jeito), e ele foi tosado (coitado, ficou muito feio), ele cuidou de mim a noite toda.


Já tomei até banho, e mesmo não tendo gostado muito até que fiquei comportado, nenhum arranhão, naquele dia ao menos.


O meu vô me chama de marginal na frente dos outros, mas quando eu e ele levantamos de manhã cedinho, ele me enche de comida. Acho que ele fala isso porque eu não paro quieto, arranho tudo e me enfio em todos os cantos, embora ache que o que ele não gosta mesmo é que eu coma lesmas e as traga para dentro de casa... contribuição, ora.
Meu pai, o Marcelo, me chama de guri, e minha mãe, a Giovana, me chama de Tigre (não sei por que), e eu gosto de ficar grudado neles, não importa se deitado no meio ou quase sendo pisado na cozinha, no banheiro... Na hora da foto eles ficaram me segurando e eu louco para pegar o novelo de lã da minha vó, adoro ver as agulhas mexendo, ela é que não gosta muito.


Em geral, eu amo um colinho...


Ficar pegando um solzinho no pátio...


Tirar um soninho...


Com companhia, de preferência...


Eu sei que eles me adoram, pois sempre falam que a casa ficou muito mais alegre depois que eu cheguei.
...Eu concordo...


Obrigado por tudo, e minha família manda agradecer muito por terem me confiado a eles.
Com carinho
Eugênio

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"Não comer carne significa muito mais para mim que uma simples defesa do meu organismo; é um gesto simbólico da minha vontade de viver em harmonia com a natureza. O homem precisa de um novo tipo de relação com a natureza, uma relação que seja de integração em vez de domínio, uma relação de pertencer a ela em vez de possuí-la. Não comer carne simboliza respeito à vida universal." Pierre Weil
"A questão não é a de saber se o animal pode pensar, raciocinar ou falar... a questão é: Eles podem sofrer?” Jeremy Bentham
 
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