Cuidado com os fogos de Artifícios

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Meg e William

Sexta-feira, 15 de agosto de 2008

São quase nove anos que a Meg mora conosco, eu William, meu pai Zé e minha mãe Ana.
Foi a amiga da minha mãe, a Diane quem a salvou.
Não tinha pêlo nenhum, era muito sarnenta, todos olhavam com nojo para ela!
Ela caminhava de um lado pra outro em uma avenida, parava na frente das lojas e as pessoas chutavam e a mandavam embora. Não existia naquela época um lugar que recolhia os animais, mas um dia a Diane não aguentou mais vê-la sofrendo passando frio e fome e sendo judiada por todos e a levou para casa!
Pensaram que ela era maluca, tirou o cordão dos tênis para poder amarrar a Meg e sentou em uma parada de ônibus até a carona chegar, as pessoas olhavam e riam, mas ela não se importou! Salvar a vida da cachorra era o que importava!
Além de todos os problemas que ela tinha, a fome, os vermes, veio mais uma surpresa: um tal Tumor de Sticker, uma coisa horrível, que ela tinha na genitália, e podia transmitir a doença para outros cães, e se tivesse filhotes eles também nasceriam doentes! Foi levada para muitos médicos veterinários, o tratamento seria caro e o local muito longe para levar, então com muita tristeza foi decidido fazer eutanásia dela!
Todos ficaram tristes pois ela era muito boazinha. Então um Dr. muito caridoso, chamado Júlio resolveu ajudar a salvar a vida dela, doou a medicação e não cobrou as aplicações e nem consultas! Toda a semana ela era levada até o Hospital Veterinário para receber o remédio, como a Diane não tinha carro e ninguém para dar carona, ela ia dentro de uma caixa amarrada em uma moto, era um sofrimento, cada pouco tinha que parar para conferir se a caixa estava bem presa e a Meg em segurança!
E quando ela voltava, coitadinha! Ficava muito debilitada!
Foi um mês de tratamento, o pêlo ruim começou a cair e ela voltou a brincar! Seria então necessário castrar a Meg, pois agora ela apresentava um outro problema, uma tal piometra, e lá no Hospital operaram e limparam a barriga dela.
Minha mãe sempre acompanhou o sofrimento dela e prometeu que se ela se recuperasse, ia ficar conosco para me fazer companhia, bonita ou feia, isso não importava!
Então ela voltou do hospital e somos muito amigos, ela cuida casa, é bem brava, minha mãe dá banho e o meu pai é quem corta seus pêlos quando estão muito grandes ou emaranhados!
Nós não imaginavamos que um cão tão feio e sofrido, iria ficar tão lindo e feliz!!
William




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"Não comer carne significa muito mais para mim que uma simples defesa do meu organismo; é um gesto simbólico da minha vontade de viver em harmonia com a natureza. O homem precisa de um novo tipo de relação com a natureza, uma relação que seja de integração em vez de domínio, uma relação de pertencer a ela em vez de possuí-la. Não comer carne simboliza respeito à vida universal." Pierre Weil
"A questão não é a de saber se o animal pode pensar, raciocinar ou falar... a questão é: Eles podem sofrer?” Jeremy Bentham
 
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