Cuidado com os fogos de Artifícios

sábado, 8 de novembro de 2008

Gatinhos da Dra. Daniela

Sábado, 8 de novembro de 2008

Hoje me senti compreendida, importante, uma pessoa digna da confiança de alguém. Não, não foi por um amigo, um colega, um cliente ou qualquer pessoa que seja. Quem me fez sentir essa sensação tão boa foi uma gata de rua.
Já faz alguns meses que alimento uns gatos na garagem do meu prédio, a mais ou menos uns dois meses consegui recolher a gatinha Letícia, que foi castrada e muito bem doada. Mas tinha uma outra gata, que por ser muito, muito arisca não deixava eu me aproximar, ela emprenhou, e para minha frustração não consegui resgatá-la a tempo de providenciar um local apropriado para ela dar cria. Ela sumiu por alguns dias, achei que tivesse morrido ou que alguém tivesse dado um sumiço nela. Eis que ela reapareceu, sem barriga. Procurei exaustivamente pelos gatinhos, mas em vão. Ela continuou vindo se alimentar na minha garagem, já conhecia o barulho do motor do meu carro, mas não deixava eu me aproximar. Comia correndo e sumia, tentei segui-la mas a danadinha disfarçava e dava um jeito de despistar.
Pelas minhas contas, já havia se passado uns quarenta dias do parto. Hoje a tarde quando vinha chegando em casa após o trabalho, eu a vi, só que ao invés de ela correr para dentro do meu pátio ela correu na direção de um terreno baldio. Não dei bola, só que para minha surpresa, quando estava descendo do carro, ela entra na garagem com uma coisa na boca, que no primeiro momento achei que fosse um rato., mas para minha surpresa era um filhotinho!!!!
Queiram acreditar ou não, mas ela largou o gatinho bem na minha frente, me olhou e se afastou um pouco e começou a miar. Devagarinho me aproximei do filhote, peguei-o e ela ficou olhando, e de repente saiu correndo. Enquanto eu enxugava e limpava aquela coisinha minúscula, pois chovia muuuito na hora, ela apareceu como outro e fez de novo: largou o bichinho na minha frente!!!!!!! Eu fiquei ali sentado com aqueles bebezinhos, pasma com o que tinha acontecido, chamei minha vizinha de prédio e companheira nessas empreitadas de resgate, a Rose Rech, que também não acreditava no que estava vendo. A Rose se muniu de guarda chuva e botas de borracha e se enfiou na lama e no mato atrás dos possíveis outros bebês, mas só encontrou um amontoado de pedras enormes, que não conseguiu mover de tão grandes e ouviu um miuzinho. Ficamos esperando e, lá foi a gatinha, buscar outro filhote, que me entregou sem cerimônia. Ela ficou mais um tempinho ali, comeu descansou, pois estava exausata das viagens com os bebês e sumiu.
Ela trouxe seus filhinhos e os entregou para mim cuidá-los. Nunca me senti tão lisongeada visto a tamanha confiança que essa mãezinha depositou em mim. Ela sabia que não podia mais cuidá-los na rua, estão grandinhos, ela provavelmente não tem mais muito leite, eles já estão caminhando bem e não param mais quetinhos no ninho e ela decidiu me pedir ajuda.
Estou feliz. Eu que perdi meus bebês ( sim, eram três ) há dois meses num aborto espontâneo, agora recebo três gatinhos para cuidar.
Por fatos como esse é que a cada dia que passa, amo mais e mais os animais.
Agora preciso honrar essa tarefa, terminar de criá-los e arrumar um bom lar para cada um deles.
Obrigada gatinha da garagem por me proporcionar esses sentimentos, foi um dos momentos mais emocionantes que já vivi!

Daniela Pimentel Chaves.
01/11/2008



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"Não comer carne significa muito mais para mim que uma simples defesa do meu organismo; é um gesto simbólico da minha vontade de viver em harmonia com a natureza. O homem precisa de um novo tipo de relação com a natureza, uma relação que seja de integração em vez de domínio, uma relação de pertencer a ela em vez de possuí-la. Não comer carne simboliza respeito à vida universal." Pierre Weil
"A questão não é a de saber se o animal pode pensar, raciocinar ou falar... a questão é: Eles podem sofrer?” Jeremy Bentham
 
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