Amigos!
Ele se chama Leandro Buchs, e eu conheço há algum tempo... ele tem hoje trinta e sete anos, e vive em uma cadeira de balanço, dessas de vime, raramente sai de casa, passa os dias de verão na sombra em frente a sua casa.
Quando ele nasceu passou por uma experiência traumática e irreversível que lhe deixou sequelas para a vida toda. Segundo sua mãe, o parto foi e demorado, por isso teve isquemia cerebral, isto é, o cérebro ficou muito tempo sem receber oxigênio e por isso ele tem limitações na fala, na deglutição, nos movimentos do corpo e para o resto da vida.
Sua mãe sofreu muito, ao saber que o filho teria que passar a vida toda preso a uma cama ou cadeira de rodas, daquela forma ele não iria jamais brincar, correr, conhecer o mundo, assim como fazem as outras crianças, uma prisão sem grades para uma alma encantadora e feliz!
Mas, sim... o Léo é feliz, ele sorri, ele vibra, ele interage com as pessoas, entende o que perguntamos e, da sua maneira ele responde. Ele tem uma linguagem própria que só sua família entende e nos traduz, e o mais interessante.
É engraçado, como não percebemos que atos tão simples podem se tornar o melhor presente para alguém como ele, que muitas e muitas vezes é ignorado pelas pessoas, ele gosta muito quando passo de fusquinha, buzino pra ele, e grito:
- Oi Léo! Meu querido!
E ele quase se joga da cadeira de tão feliz!
- Oi Léo! Meu querido!
E ele quase se joga da cadeira de tão feliz!
A pouco mais de um ano, o padrasto faleceu e o Léo sentiu muito sua falta. Ele se despediu no velório e se emocionou com a partida, e ainda teve forças de consolar sua mãezinha, dizendo para ela, que ele permanecia alí, e que ela não se preocupasse pois Deus tudo provê.
E como foram sábias as palavras dele, no outro dia em frente a porta, amanheceu uma gatinha, magra, suja e faminta. Foi amor a primeira vista! Ela ajudou o Léo a superar mais um trauma... a perda do padrasto.
Ficaram muito amigos, ela foi crescendo, sempre junto de seu colo, enfiada dentro de seus cobertores, onde está o Léo está a "Mita".
Ficaram muito amigos, ela foi crescendo, sempre junto de seu colo, enfiada dentro de seus cobertores, onde está o Léo está a "Mita".
Ele não consegue acariciá-la, o que não é nenhum problema pra ela, que retribui a intenção, não se faz de rogada e lambe, ronrona e se esfrega em seu dono apaixonadamente, e ai de quem ouse se aproximar do seu amigo, sobram unhadas e mordidas, eu mesma tive o nariz atingido quando fui tentar me aproximar.
Mas existe um porém, algo que tira o sono de todos naquela casa, inclusive o Léo já foi informado do que pode ocorrer... a Mita já tem dois anos e sempre foi utilizado anticoncepcional para conter o cio, e ela anda deprimida, com a barriga muito inchada. Levamos ao veterináriuo que sugeriu se tratar de uma infecção uterina e indicou castração urgente.
Então o Amigo Bicho realizou uma campanha para que fosse arrecadado o valor necessário para a castração das duas, da gata e da cadelinha Lilica, pois a situação financeira da família não permite este gasto extra.
Então o Amigo Bicho realizou uma campanha para que fosse arrecadado o valor necessário para a castração das duas, da gata e da cadelinha Lilica, pois a situação financeira da família não permite este gasto extra.
A cadelinha Lilica, que aparece na foto abaixo, também faz parte desta história e é outra companheira inseparável do Léo. Ela também recebe anticoncepcional e precisávamos providenciar a cirurgia para maior segurança e saúde.
Eles estavam felizes pois agora com trinta e sete anos de idade ele foi comtemplado pelo governo com uma cadeira de rodas toda adaptada a sua situação e o Amigo Bicho também ofereceu mais um presente a ele, a castração de suas amadas Mita e Lilica, que iria prolongar por muito anos a convivência feliz com as duas.
A castração da Mita foi realizada primeiro, duas semanas depois da visita e na semana seguinte a Lilica também fez a cirurgia.A mãe do Léo ficou muito emocionada agradeceu de coração a nossa iniciativa e também aos nossos amigos que contribuíram para mais esta caridade a uma família tão especial.
Abraços a todos: Diane - Passo Fundo
19.09.08
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