(A poodle desta foto já foi adotada)
"- Oi Di. é a Dó, tudo?
É assim quando ela liga.
A Dóris não gosta de fotos, mas nós gostamos muito dela, e reconhecemos seu exaustivo e solitário trabalho.
É muito sofrido para ela, que já não é uma menina, anda doente e triste com a situação de tantos animais sendo abandonados.
Como eles ficam soltos (a maioria), são atropelados, correm atrás de motos e são chutados, tentam caçar ouriços e são feridos com espinhos, as pessoas dão tiro e pedradas neles.
Mas ela não desiste.
Não foi ela quem os levou pra lá, foram sendo abandonados, judiados, e as pessoas chamavam a Dóris.
E ela foi insistindo em cuidar deles.
Compra ração, remédio, paga castração e internação, tudo do próprio bolso.
Mas eles são e não são dela, são do mundo onde vivem, mas também vivem no coração dela.
Ela os ama de paixão, quando viaja, me encarrega de tratá-los, ou de ao menos ir ver se estão bem. E liga, uma , duas , dez vezes!
Quando ela ganha uma caixa de ossos pra eles, fica feliz que até liga pra contar, um saco de ração então: é ouro.
Tristeza mesmo é quando ela consegue comprar correntinha e coleiras novas para os que precisam ficar amarrados, e vai um sem-vergonha e as rouba, ou quando simplesmente não tem nada para dar de comer, então ela reza ( para São Francisco ) e diz: " Acho que este cara já não me ouve."
Dali a pouco liga eufórica: " Ele ouviu!" - acabou de ganhar um saco de ração.
Estes das fotos são alguns, temos que contabilizar os do pátio da prefeitura, os de alguns cemitérios, e outros tantos esparramados por aí.
Sem descuidar de nenhum, reconhece um cão dos "seus" a quilômetros de distância.
Não pensem que ela não é respeitada por seu trabalho, entra e sai prefeito, e o "chefe " sempre tem seu favorito.
No pátio da Prefeitura, em final de tarde se vê a Dó medicando a velharada cardiopata diariamente.
E não é só na Prefeitura não!
Caridosa, cuida dos "seus" e de todos os outros que puder, ou para os quais lhe solicitem ajuda.
Rigorosa na hora de doar, prefere muitas vezes ficar com mais um do que doar mal e se arrepender depois. Tem que conhecer e conversar muito com a pessoa, se desconfiar do trato, vai na casa e busca de volta.
Resistente e mal compreendida na hora das eutanásias, chora aos soluços escondida.
Nem é bom falar de quando perde um...
Esta é a nossa Dóris, mulher de grande caráter, força e determinação.
Ela prega em seus atos somente amor e bondade, e de sua boca jamais se ouve uma palavra de calúnia ou infâmia contra alguém, e se porventura o fizer pode acreditar que será bem merecido.
Quem a conhece de verdade sabe do que falo.
...E aí Dó, tudo? "
Escrevi este texto há um tempo atrás.
Fiz pequenas alterações e o publico novamente para assim tentar auxiliar a nossa amiga e seus animais.
Diane
Uma parte da matilha de rejeitados e sua benfeitora...
Abaixo os saudáveis e mais jovens estão disponíveis para adoção, mas tudo muito "conversadinho" como diz a Dóris.
Os velhinhos e doentes que ninguém quer ficam aos seus cuidados.
Alarico, porte médio - Adoção negociável.
Alice, porte pequeno, castrada - Disponível para adoção
Bibiana - Não disponível para adoção
Bolitinha, castrada, porte pequeno - Adoção negociável.
Bradock, macho, porte médio- Disponível para adoção
Coquinha e Valdemar - Cães idosos- Não disponíveis para adoção.
Grisalho, macho jovem, porte médio - Disponível para adoção
ADOTADO!!!
Macalé, cão idoso- Não disponível para adoção.
Maria Bonita, castrada- Adoção negociável.
Rafinha, cão idoso- Não disponível para adoção.
Raposa - Não disponível para adoção.
Tim, porte médio - Disponível para adoção.
Cow-cow - Adoção negociável.
Fiuk (antes era Rodézio) - Macho, idoso, porte pequeno ( não disponível para adoção).
Boludo - Macho, idoso, porte médio ( não disponível para adoção)
Miky - Fêmea castrada, sequelada de cinomose. Não disponível para adoção.
Peluda e Oliva são amigas inseparáveis, ambas castradas.
Boca preta - irmã da Alice.
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