Ela me chamou, pois entendeu do que se tratava, ele estava arrastando os ossinhos da pata dianteira no chão.
Com orientação da Dra. Daniela, por fone, dei um sedativo, fiz limpeza e aplicamos antibiótico, e medicação forte pra dor, por ser tarde da noite. Levaríamos somente pela manhã ao Hospital Veterinário, provavelmente para amputação total do membro.
Ele mora aqui na vizinhaça, há muito tempo, foi o pai de todos os filhotes da Madona, arisco, jamais permitiu aproximação, é gordo e lindo. Está pele e ossos.
Depois do trabalhão pra tirar as larvas, aconcheguei ele em paninhos de lã, e com o braço envolvido em um bom curativo, depois da ferida bem limpa. Ele me olha com um olhar de gratidão, e mia de uma forma diferente, miados de agradecimento? Eu não sei...
Deixei ele dentro do carro, pois não tenho onde por gatos, perto dos cães estressaria demais ele.
Quanta dor, quanto sofrimento, e veio buscar ajuda em quem? Que coisa, que vida!
Quantos dias andava pra lá e pra cá? E as pessoas nem deram bola.
Mesmo amortecido de tanto remédio, ainda tentou comer ração, desesperado de fome. Um bicho que vivia da caça pra se alimentar, na maioria das vezes, agora sem pata.
...e me dei conta de uma coisa. Semana passada, não lembro o dia, mas mais de uma semana, encontrei o imundo de um vizinho no balcão de uma agropecuária, adivinha comprando o que?? Chumbinho de espingarda de pressão!!!
Fecho o raciocínio: eles atiraram nele. Acertou na pata que apodreceu, e virou nisso aí, fechou o tempo da compra com o estado do bicho.
Gente infeliz, desgraçados!
Comunicado:
O Herói, não resistiu à cirurgia, a gangrena estava na paleta, e em outras regiões do corpo já tinha sinais da infecção também. Ele foi anestesiado e não voltou.
Estou revoltada, pois sei quem foi o desgraçado que fez isso.
Pobrezinho, ainda tentou se alimentar, não dormi nada, levantei umas 5 vezes e fui no carro vê-lo, ele ronronava e miava pra mim.
Não consigo aceitar que nossos esforços são em vão. Não entra nada na cabeça desta gente?
Só espero que exista mesmo um lugar reservado para eles em outro plano, sem dor, sem tristeza, sem abandono.
E ao mesmo tempo fico um pouco conformada, pois passou pelas minhas mãos e teve carinho, aconchego, não morreu sozinho, abandonado nos campos...e se foi nas mãos de dois profissionais.
Mais um que precisei providenciar o descanso, foram tantos, tantos que já me perdi nas contas, várias e várias vezes, só assim, um pouco de carinho, uma troca de energia e depois eles se vão.
O cheiro ainda esta em mim, não vou esquecer tão fácil!
Diane.
gosto de armas, de atirar só q en alvos como latas, frutas, e alvos d madeira, tenho uma carabina d pressao a 2 anos ñ tenho a estupida coragem d fazer esse tipo d covardia, essa pessoa deveria ser denunciada pois existem leis q defendem animais, só olhar artigo 32 da Lei Federal nº. 9.605/98, se tiver coragem e provas denuncie esse palhaço q ele merece.
ResponderExcluir(filipe ES)