Publicação no jornal O Nacional

Quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Homens não autorizados estão aplicando medicamentos em cachorros. Um animal morreu.
03/12/08 - Jornal O Nacional

Uma chuva de ocorrências lotou a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, nesse início de semana. Várias pessoas buscaram as autoridades para fazer reclamações da venda e aplicação ilegal de vacinas em animais domésticos. Segundo as ocorrências o fato está acontecendo desde a segunda quinzena do mês de outubro. A informação era que dois homens estariam visitando casas na região da vila Rodrigues e Annes e oferecendo vacinação para cães contra pulga, sarna e carrapatos.

Vítima
No dia 23 de outubro, um homem, alegando ser veterinário e dizendo se chamar Jonas, bateu em uma residência na rua Carlos Gomes, vila Rodrigues. Ele ofereceu a vacina ao proprietário de um collie, que aceitou fazer a injeção no animal. De acordo com a vítima, 15 dias depois o cão começou a ficar doente e o suposto veterinário retornou à residência. Ele afirmou ser necessário a aplicação de uma injeção antibiótica, mas a vítima negou-se a autorizar. Mesmo assim o homem teria deixado a medicação no local. O dono do collie procurou uma clínica veterinária e ficou sabendo que a injeção aplicada não era indicada para o animal, pois afeta o sistema nervoso. Uma tentativa de tratamento foi adotada, mas não impediu os efeitos da injeção inicial. O cachorro foi perdendo os movimentos das pernas e começou a agonizar. Para evitar o sofrimento do animal o proprietário teve que optar pelo sacrifício.

Outro caso
No dia 30 de novembro, um homem bem informado não caiu no conto dos veterinários fajutos. Ele recebeu a visita dos dois homens e ao ter oferecida a vacina contra pulga e sarna ele não aceitou. Sabendo do caso de animais que haviam morrido após receberam a vacina de homens em um Gol, o homem decidiu segui-los. Ele percebeu que ambos estavam a pé e um deles entrou em um hotel, próximo à rodoviária de Passo Fundo. O outro homem seguiu caminho diferente e não foi acompanhado. A Polícia Civil ficou sabendo do caso e agentes da Delegacia de Pronto Atendimento foram até o suposto hotel para verificar a origem das vacinas. Três pessoas foram encontradas, nenhuma delas com registro de médico veterinário. Os medicamentos tiveram a origem comprovada e os suspeitos precisaram prestar depoimento para serem liberados. Os casos estão sendo investigados pela Polícia Civil e novidades deverão ser apresentadas nos próximos dias.

Vacinas devem ser feitas somente em locais autorizados.